Para especialistas, bibliografia oficial confunde educação com propaganda
JANAÍNA FIGUEIREDO
Livro do economista Bernardo Kliksberg será um dos utilizados
JOSÉ MEIRELLES PASSOS
BUENOS AIRES —
Pouco mais de um mês após o Congresso ter aprovado um projeto de lei defendido pela bancada kirchnerista que permite o voto voluntário aos 16 anos, a Casa Rosada apresentou esta semana uma nova bibliografia que será usada a partir de 2013 pelos estudantes de Ensino Médio de escolas públicas e que inclui rasgados elogios às gestões presidenciais de Néstor e Cristina Kirchner. Na visão de especialistas em educação e professores locais, trata-se de um abuso de poder do governo Kirchner, que “confunde educação com propaganda”.
O livro do economista Bernardo Kliksberg, intitulado “Como enfrentar a pobreza e a desigualdade”, será considerado “conteúdo transversal”, ou seja, não vinculado a uma matéria específica, já que aborda assuntos de educação, economia, mudanças climáticas, saúde, segurança e corrupção, entre outros. O texto será usado por alunos de 14 a 17 anos e seus conteúdos também estarão disponíveis nos computadores do programa “Conectar Igualdade”, distribuídos em escolas públicas.
- Queremos garantir um ensino de qualidade a todos - declarou o ministro da Educação, Alberto Sileoni, que refutou as acusações, alegando que os textos não são de adoção obrigatória.
Alguns trechos do livro de Kliksberg foram reproduzidos pela imprensa local: “Existem políticas públicas criadoras de desigualdade, como as aplicadas na Argentina na década de 1990, que fizeram com que oito milhões de pessoas deixassem de pertencer à classe média e passassem, naquela década, a ser pobres. Também políticas a favor da igualdade, como a ajuda universal para filhos de trabalhadores informais, implementada por Cristina Fernández de Kirchner, que protege 3,7 milhões de crianças no país”. Outro parágrafo diz que “o projeto iniciado em 2003 pelo presidente Néstor Kirchner, depois de uma das piores crises já atravessadas pelo país, foi firmemente respaldado pela maioria da população, e a liderança presidencial de Cristina Fernández de Kirchner obteve níveis de respaldo popular inéditos”.
Na visão de Fernando Ruiz, professor de Jornalismo e Democracia da Universidade Austral, a iniciativa da Casa Rosada desvaloriza a educação pública.
- Alguns governos utilizam o poder para incorporar conteúdos menores nos programas de estudo, relacionados com sua propaganda política - disse Ruiz ao GLOBO.
A medida também foi questionada pelo ex-ministro da Educação Andrés Delich. Para ele, “o governo está tentando usar as escolas como espaços de campanha política”.
Esta é a segunda vez que o governo é acusado neste ano de realizar propaganda política nas escolas. Em agosto, houve um grande debate devido às atividades escolares realizadas pelo movimento de jovens La Cámpora, fundado e liderado por Máximo Kirchner, filho da presidente.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/livro-didatico-exalta-governo-dos-kirchner-6962772#ixzz2ENyOrmiw
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Poco más de un mes después de que el Congreso aprobó un proyecto de ley promovido por el banco de trabajo de Kirchner que permite el voto Voluntário a 16 años, la Casa Rosada presentó esta semana una nueva bibliografía que se utilizará en el año 2013 por estudiantes de secundaria de las escuelas público y que incluye un gran elogio a las gestiones presidenciales de Néstor y Cristina Kirchner. En opinión de expertos en educación y los maestros locales, es un abuso de poder del gobierno Kirchner, que "confunde la educación con la propaganda".
El economista Bernardo Kliksberg libro titulado "Cómo enfrentar la pobreza y la desigualdad" se considerará "cross-contenido", es decir, no ligado a un asunto concreto, ya que aborda las cuestiones de la educación, la economía, el cambio climático, la salud, la seguridad y corrupción, entre otros. El texto será utilizado por los estudiantes de 14 a 17 años y sus contenidos también están disponibles en las computadoras del programa "Conectar Igualdad", distribuido en las escuelas públicas.
- Queremos garantizar una educación de calidad para todos - dijo el ministro de Educación, Alberto Sileoni, que refutó los cargos, argumentando que los textos no son la adopción obligatoria.
Algunos extractos de la Kliksberg libro fueron reproducidas por la prensa local: "Hay políticas públicas que generan desigualdad, como las aplicadas en Argentina en la década de 1990, que causaron ocho millones las personas que ya no pertenecen a la clase media ya pasó, en esa década, ser pobre. También a favor de las políticas de igualdad como ayuda universal para los hijos de los trabajadores informales, llevadas a cabo por Cristina Fernández de Kirchner, que protege a 3,7 millones niños en el país ". Otro párrafo dice que "el proyecto se inició en 2003 por el presidente Néstor Kirchner, tras una de las peores crisis já atravesado el país, fue fuertemente apoyada por la mayoría de la población, y el liderazgo presidencial de Cristina Fernández de Kirchner alcanzó niveles sin precedentes de apoyo popular."
En opinión de Fernando Ruiz, profesor de Periodismo y Democracia en la Universidad Austral, la iniciativa de la Casa Rosada devalúa la educación pública.
- Algunos gobiernos utilizan el poder para incrustar contenido en pequeños programas de estudio relacionados con su propaganda - el GLOBE dijo Ruiz.
La medida también fue interrogado por el ex ministro de Educación, Andrés Delich. Para él, "el gobierno está tratando de usar las escuelas como espacios para las campañas políticas."
Esta es la segunda vez que el gobierno acusó este año para realizar propaganda en las escuelas. En agosto, se produjo un gran debate debido a las actividades escolares realizadas por el movimiento de los jóvenes de La Cámpora, fundada y dirigida por Máximo Kirchner, hijo del presidente.
Lea más sobre esto en http://oglobo.globo.com/mundo/livro-didatico-exalta-governo-dos-kirchner-6962772 # ixzz2ENxc3LBb
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